Primavera
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A praia continua lá.
As Coisas Simples, são filhas do Boião de Cultura, que foi buscar o seu nome aqui, sendo que este o tinha ido buscar ao Bouillon de Culture. Toda esta árvore genealógica, por causa disto.
Para Bernard Pivot, a música que ele um dia disse que gostaria de estar a ouvir quando morresse: Mozart (e que, por mero acaso, dei a ouvir aos meus filhos mal nasceram).
Hoje é dia de espiga, quinta feira da Ascenção. Por esta hora, lá em casa havia grande azáfama, cestos de comida, sardinhas dos Luzes, mantas para o chão, mesas de campismo, tudo e mais alguma coisa ,e lá se ia para o grande piquenique no Rombo onde os choupos largavam o seu algodão em rama pelo ar. Alegrias que não passam. Vai ser um bom dia.
A terra, como ela é.
Mignonne, sais-tu qu’on me blâme
De t’aimer comme je le fais ?
On dit que cela, sur mon âme !
Aura de singuliers effets;
Que tu n’es pas une duchesse,
Et que ton cul fait ta richesse,
Qu’en ce monde, ou rien n’est certain,
On peut affirmer une chose:
C’est que ton con vivant et rose
N’est que le con d’une putain !
Qu’est-ce que cela peut foutre ?
Lorsqu’on tient ces vains propos,
Je les méprise, et je passe outre,
Alerte, gaillard et dispo !
Je sais que près de toi je bande
Vertement, et je n’appréhende
Aucun malheur, sinon de voir,
Entre mes cuisses engourdies,
Ma pine flasque et molle choir !…
Stéphane Mallarmé
Tu sabes que a minha avó lia Mallarmé? diz ela, com uma gargalhada cristalina, depois de termos concluído que tem (quase ) idade para ser minha mãe, rumo ao Minho.
Ou não.